Entre os dias 07 a 11 de Outubro, mais de 450 educadores da rede estadual de ensino tiveram a oportunidade de compartilhar as experiências que desenvolvem com seus alunos. O ‘II Congresso de Práticas Educacionais: forma de planejar e agir do professor no cotidiano das escolas’ teve foco em iniciativas desenvolvidas com os alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. O Congresso é realizado pela Magistra - Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores.
As iniciativas apresentadas no Congresso foram selecionadas pelas 47 Superintendências Regionais de Ensino. Cada regional indicou de três a cinco projetos pedagógicos voltados a temáticas diversas como: leitura, jogos matemáticos, cultura, esporte, alimentação saudável, meio ambiente e cidadania.
Mais de 450 educadores da rede estadual de ensino participaram do encontro. Foto: Geanine Nogueira ACS/SEE
Ao encerrar o Congresso, a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, ressaltou a importância dos professores no processo de produção do conhecimento. “Não adianta nós acharmos que continuaremos a ser como foram nossos professores, a fonte exclusiva de informação. Hoje a informação está nas nuvens. Nós não somos mais a fonte de informação, mas temos um papel que ninguém tira para o professor e quanto mais informações estiverem circulando por aí, mais importante será esse papel. Nós somos o filtro, a bússola, o mapa de rota. Nenhum aluno pode abrir mão da figura do professor, porque nós que temos que guiá-los e orientá-los nesse universo enorme e complexo, que é o mundo de informações disponível agora para todos nós. A escola é o lugar onde a informação se transforma em conhecimento”.
Já a diretora da Magistra, Ângela Dalben, destacou a qualidade dos projetos apresentantes. “O balanço do evento é muito positivo. Percebi que do ano passado para cá, as pessoas estão investindo em projetos para apresentar. Isso não significa que elas começaram a fazer coisas boas, na verdade elas já faziam coisas boas, mas estão procurando os melhores formatos para divulgar suas ideias. Nesse sentido, a gente observa que grande parte desses trabalhos têm características importantes. A primeira, as metodologias ativas. Os professores estão em sala de aula dialogando mais com seus alunos e fazendo com que eles sejam protagonistas. Um outro aspecto importante é que a escola passa a ser um centro de cultura e de articulação com a comunidade. Vários projetos fazem com que a sala de aula se expanda e abrace a própria comunidade da escola”.
Todos os projetos selecionados foram registrados em um CD ROM que foram distribuídos aos participantes durante o Congresso. A publicação foi registrada na Biblioteca Nacional como anais do evento, recebendo o registro do ISBN (International Standard Book Number). A ideia é que o CD ROM seja utilizado como uma fonte de informação para os educadores no desenvolvimento de suas práticas educacionais.
A professora de Geografia da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, no município de João Pinheiro, Hellen Cássia dos Reis Souza, apresentou o projeto ‘ Expansão Urbana de João Pinheiro: Um olhar geográfico sobre duas rodas’. Apelidado pelos alunos de ‘Sou + bike’, a iniciativa estimula os estudantes a identificarem no município as características da expansão urbana estudadas em sala de aula. Para Hellen, apresentar o projeto no Congresso é uma oportunidade de trocar experiências e mostrar para seus colegas o trabalho feito na escola. “Esse Congresso está sendo maravilhoso. Estamos tendo contato com práticas desenvolvidas em escolas de todo o Estado. Já participei de três minicursos que vão me ajudar nas aulas”, ressalta.
Ao todo, foram oferecidos 18 minicursos. Fotos: Geanine Nogueira ACS/SEE
Minicursos
Durante o Congresso, os educadores tiveram a oportunidade de participar de minicursos voltados a temas como: ‘Praticas Pedagógicas e o diálogo do profissional da educação na contemporaneidade’, ‘Música do Corpo’; ‘Um novo olhar para o desenho’; ‘Escrever com prazer: escrita e tipos textuais’; e ‘Trabalho em equipe: os desafios da diversidade no espaço escolar’. Ao todo, foram ofertados 18 minicursos.
Edição especial do programa Roda de Conversa
Na última quinta-feira (10-10), uma edição especial do programa ‘Roda de Conversa’ atraiu a atenção dos educadores. Com o tema ‘Inclusão Social e a realidade educacional: os desafios da escola contemporânea’, a discussão contou com a participação da professora de filosofia nos cursos de serviço social e comércio exterior no Centro Universitário Una de Belo Horizonte e professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, Eliane Castro Vilassanti; das Cineastas Joana Oliveira e Cristina Maure; e da vice-diretora da Magistra, Paula Cambraia de Mendonça Vianna.
O programa abordou a inclusão do ponto de vista da educação, os desafios da inclusão na escola contemporânea, envolvendo portador de deficiência, o problema do bullying e a saúde mental. Durante o ‘Roda de Conversa’, os participantes puderam interagir com questionamentos, relatos de experiências e posicionamentos, ajudando na discussão da temática.
Edição especial do Roda de Conversa discutiu o tema Inclusão Social e a realidade educacional: os desafios da escola contemporânea’. Foto: Geanine Nogueira ACS/SEE
O professor de Educação Física da Escola Estadual Secretário Olinto Orsini, no município de Bueno Brandão, Francis Beghini da Silva, ressalta a importância da discussão dos temas ligados a inclusão social. “Esse formato do ‘Roda de Conversa’ é bastante interessante, pois propicia a troca de experiências. O tema discutido está ligado a uma realidade que está cada vez mais presente nas nossas escolas”, afirma.
Ruanna Reis Guido
Analista Pedagógico Matemática
Equipe PIP / CBC - SRE Caxambu
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