Em 2012, com o apoio da professora Eliete Lourdes Augusto, a Escola Estadual Mário Junqueira Ferraz - São Lourenço - resolveu desmistificar uma área melindrosa tão temida pela maioria dos alunos no dia-a-dia escolar: A Matemática.
Segundo a educadora, "quando o assunto é matemática, a única certeza que todos têm é o fato de ser uma palavra proparoxítona. A afirmação vem com uma dose generosa de exagero, mas reflete com que voa parte das pessoas encara o ato prosaico de calcular. Um horror contraproducente, uma vez que a matemática é, provavelmente, a ciência mais presente em nossas vidas”, e foi para concretizar esta presença quase natural da matemática ao nosso redor, que surgiu o projeto “As Infinitas Formas de Ensinar”, que abraçou todo ensino fundamental e médio da instituição.

| Logomarca do projeto que mobilizou toda a comunidade da Escola Estadual Mário Junqueira Ferraz. Foto: Arquivo escola |
Focando a geometria espacial e plana, o projeto contemplou um conteúdo em cada ano escolar – teoremas, formas geométricas e cálculos – para concretizá-los na realidade dos alunos.
No 3º ano do Ensino Médio da E.E. Professor Mário Junqueira, os alunos que estavam estudando tabelas e gráficos, embarcaram em um projeto cujo foco era fazer um levantamento estatístico sobre o consumo da merenda. Quantas vezes em média um aluno consome merenda escolar, qual a preferência por alimentos, prevalência de ingredientes, tabelas calóricas foram algumas das abordagens usadas pelos estudantes para originarem os cálculos que mapearam os hábitos alimentares destes alunos.

| As receitas culinárias que imitavam as instalações escolares foram feitas a partir de noções geométricas e espaciais da matemática. Foto: Arquivo escola |
No campeonato de futebol de salão, que a coordenadora Eliete Augusto criou especialmente para o projeto “As infinitas formas de ensinar”, a lição foi sobre probabilidade matemática. Especular placares e as tabelas de artilheiros da competição, que aconteceu entre os dias 05 de maio e 12 de junho de 2012, foi a base da tarefa de cálculos. “A última partida da competição terminou em pênalti. E a vitória foi para a turma do 2º ano, que ficou com a melhor”, brincou a professora, para quem o ganho de toda esta maratona matemática, que vem acontecendo desde fevereiro deste ano, é também disciplinar.
Segundo ela, não é preciso mais impor uma determinada responsabilidade para com o aprendizado, basta pedir. Os alunos se tornaram menos resistentes a esta ciência exata. Além disso, os estudantes têm mais afeição para com os professores e para com a escola”, conta Eliete que coordenou o projeto matemático junto a também educadora Ilza Abraão.

| Tapete desenhado em papel quadriculado a partir do uso de serragem colorida e pó de pneu recauchutado foi a proposição lúdica feita pelos professores de matemática aos alunos do 1º ano do Ensino Médio. As seis turmas produziram 24 tapetes que ficaram expostos na escola durante uma semana. Foto: Arquivo escola |
Os bolos da festa de encerramento do campeonato foram feitos pelos alunos do 2º ano. Os estudantes produziram as guloseimas a imagem e semelhança das formas geométricas da escola – três cubos.
O Tangram, quebra cabeça chinês formado por sete peças designadas por tans (5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo) também entrou no projeto. Os alunos do 6º ano aprenderam a montar as frações numéricas usando as proporções das figuras.
“A magia dos triângulos” foi o projeto pedagógico direcionado aos alunos do 8º ano, que participaram de um exercício de observação nas dependências do prédio escolar, que desafiou os alunos a identificarem a existência dos três tipos de triângulos, que existem na matemática: escaleno, isósceles e eqüilátero. Um triângulo no trinco do piso e da bandeira do estado de Minas Gerais foram alguns dos registros que os alunos fizeram em forma de fotografia, durante um mês, para depois serem analisados e estudados em sala de aula.

| O foco dos alunos do 9º ano foi o uso de garrafas pet, que aproveitaram a forma cilíndrica para construir sofás, pufes e uma cadeira de rodas que foi doada para a Instituição Filantrópica de Assistência Social, APAE da cidade. Os braços e os assentos foram feitos de garrafa pet. Foto: Arquivo escola |
Para o 7º ano, o projeto “As infinitas formas de ensinar”, reservou o exercício de montagem de sólidos. Os estudantes planificavam primeiramente os sólidos, a partir da colagem de fotografias da escola, para depois montá-los.
Como pode se ver, o medo da matemática parece estar cada vez mais distante da realidade destes alunos, que já a enxergam em seu cotidiano.
Município de São Lourenço/ Superintendência Regional de Ensino de Caxambu
Gostaria de deixar aqui meu respeito pelo excelente trabalho realizado pelas professoras Eliete e Ilza em 2012. Obrigada pela dedicação e empenho! Parabéns!
Também gostaria de relatar a minha expectativa para a realização do projeto a partir de Agosto do corrente ano e me colocar a disposição para somar forças na realização do mesmo.
Sucesso meninas...
Também gostaria de relatar a minha expectativa para a realização do projeto a partir de Agosto do corrente ano e me colocar a disposição para somar forças na realização do mesmo.
Sucesso meninas...
Um beijo.
Ruanna Reis Guido
Analista Pedagógico Matemática
Equipe PIP / CBC - SRE Caxambu
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